quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Museus de Madrid - Museu do Prado


Madrid possui três museus muito importantes (Museu do Prado, Museu Thyssen-Bornemisza e Museu Reina Sofia) com um acervo incrível de obras reconhecidas em todo o mundo. Nesse post descrevo um pouco das obra-primas mais importantes expostas como acervo permanente do Museu do Prado, visitado no terceiro dia em Madrid, na parte da tarde (depois do almoço).


O Museu do Prado é um dos mais importantes museus do mundo, com um acervo de pinturas maravilhosas. Mesmo que você não goste de museus, faça uma visita rápida e veja as obra-primas de pintores consagrados. O museu oferece um horário de visitação grátis (quarta à sábado das 18h às 20h e domingo das 17h às 20h).

Boa parte das obras-primas expostas no Museu do Prado impressionam pelo domínio da técnica empregada pelos artistas (muitas pinturas são praticamente fotografias). É importante lembrar que qualquer expressão artística (pintura, escultura, música, literatura, etc) reflete o momento em que o artista viveu. No momento em que as pinturas foram feitas (entre os anos 1450 e 1600), ainda não existia a fotografia. Apesar de já contarmos com conhecimentos avançados de ótica desde os tempos de Aristóteles, o uso da "câmara escura" por Leonardo Da Vinci, durante o Renascimento, auxiliou a sensação de realidade no desenho e pintura, porém somente em 1826 temos a primeira fotografia, por Nicéphore Niépce. Por isso, muitas pinturas expostas em grandes museus refletem o dia-a-dia dos reis e rainhas e do alto clero, que encomendavam suas "fotos" (pinturas) a artistas renomados. Se quiser ter mais informações sobre a história da fotografia, veja o site da Kodak.

A seguir listo um conjunto de pinturas que você não pode perder.

A Descida da Cruz, obra-prima de Rogier van der Weyden (1435-40)
As expressões de sofrimento das pessoas, retratadas na pintura, demonstram a maestria com que o artista utilizava sua técnica (observe a borda vermelha dos olhos e as lágrimas). Essa quadro é uma pintura à óleo lindíssima, com cores muito vibrantes (observe o azul do vestido de Maria, mãe de Cristo), impossíveis de serem reproduzidas em papel impresso. Mesmo assim, não consegui deixar de comprar uma cópia na lojinha do museu.


O Jardim das Delícias Terrenas, de Hieronymus Bosch (1500)
Com certeza você perderá (ganhará) muitos minutos observando os diversos detalhes desta obra, uma pintura à óleo sobre madeira muito divertida (preste atenção na visão do artista para as cenas do paraíso, destino de poucos; da vida terrena, onde muitos cometem o pecado da luxúria; e do inferno, destino de muitos). Essa pintura foi grande influência aos artistas surrealistas, mais de 400 anos depois.

As Meninas, de Diego Velázquez (1656)

A percepção que temos ao ver esta obra é de estarmos em frente a uma janela e que essa cena se passa logo em nossa frente e todos nos olham. O quadro é uma pintura à óleo sobre tela que representa a filha do rei Filipe IV, da Espanha, a infanta Margarita e suas damas de honra. Interessante que o pintor se representa, no quadro, à esquerda, pintando uma grande tela. É provável que a tela que Velázquez pinta, dentro da pintura, seja do rei e da rainha, já que pode-se vê-los refletidos no espelho atrás do pintor.



A Anunciação, de Fra Angelico (1426)
Afresco muito bonito do início do Renascimento. As obras do Beato Angelico possuem sempre a temática religiosa.

David Vencendo Golias, de Caravaggio (1600)
A técnica de Caravaggio é extraordinariamente impressionante e suas pinturas demonstram seu domínio sobre a arte do jogo de luzes (sempre se vê um domínio bem destacado entre a luminosidade do claro e a sombra da cena). A obra é uma pintura à óleo sobre tela que representa a vitória de David sobre Golias.


A Santíssima Trindade, de El Greco (1577)
El Greco (Doménikos Theotokópoulos) possuía um estilo bastante próprio e muito diferente do encontrado na época. Suas obras são bastante características e únicas. O quadro é uma pintura à óleo sobre tela. Destacam-se ainda outras obras de El Grecco: O Cavalheiro com a Mão no Peito (1580) e A Adoração dos Pastores (1612).

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